Ao contrário do que o título parece, não vim falar sobre o seriado Gossip Girl. Embora os nomes Serena, Blair e Chuck me sejam familiares, nunca parei para acompanhar a série. Na verdade, o título é só para chamar atenção para o assunto:
A fofoca.
A fofoca começa em nossas vidas desde que começamos a brincar de telefone sem fio, e, de algum modo, a mensagem que chega ao último menino sempre é completamente deturpada em relação a mensagem original. A gente acha graça, mas é aí que a coisa toda se desenrola. Depois vêm as pequenas fofoquinhas sobre os amiguinhos do colégio, e, num passe de mágica, fimose vira mudança de sexo.
Na adolescência o cenário piora, pois nos tornamos conscientes da fofoca, mas, ao mesmo tempo, queremos ser loucamente aceitos pelas pessoas. Então, se um começa a falar, a tendência é todo mundo começar a concordar. Não entrarei no mérito do bullying e nem o quanto se tornou banalizado o uso da palavra (tem até político usando), mas quem nunca "perdeu a personalidade" quando adolescente que atire a primeira pedra.
Depois, na entrada da idade adulta, em que os conflitos se transformam, a fofoca continua presente, mas talvez, mais velada, menos escrachada. Às vezes vem travestida de conselho ou de comentário, mas ainda é uma fofoca. A vida dos outros sempre é atração. Não é a toa que programas como Big Brother fazem tanto sucesso, afinal, quem não quer dar uma espiadinha? O lado ruim, é que pode acabar com relacionamentos, amizade, casamentos... A fofoca não respeita o direito do outro de escolher o que bem entende pra si. E vira um ciclo vicioso, se espalha... Mas se é inerente ao ser humano, e começa desde cedo, eu já falei mal e você também. Até porque a vida dos outros é terreno desconhecido, e do desconhecido sempre queremos saber.