Aventuras divinas em Natal

Saudações! Este é meu primeiro post no blog do Themyscira e vou estrear falando sobre uma viagem. No podcast #7 Férias a las deusas.

Fiquei perdida pelo meio do caminho numa longa temporada de viagens entre Sampa e o Rio. Em Sampa houve o encontro de Afrodite, Ártemis e eu, Deméter. Depois percorri algumas milhas, fui pra casa, viajei de novo e agora cá estou eu em Natal, na casa de Ártemis. O motivo principal da minha vinda foi um congresso de medicina tropical.

A aventura começa no dia que cheguei, porque depois de passar 12 horas viajando (de avião háááá) o taxi ainda se perde pra achar a casa de Ártemis. Sã e salva, fui no dia seguinte para o congresso, quer dizer, fui para o ponto de onibus mais próximo. O ônibus veio vazio, mas a cada ponto que parava enchia mais e assim era com o trânsito que enchia de igual maneira. Quando achei que não chegava nunca mais (quase 2 horas depois), desci no Praia Shopping, onde um ônibus me deu carona (isso, carona) até o ponto onde eu pegava a tal linha para a Via Costeira (que por sinal estava parado com a ultima pessoa entrando na hora que cheguei atravessando a avenida feito doida).

No 2o ônibus parecia que todos iam para o mesmo congresso: o pessoal com cara de estudante, segurando banner. Quando cheguei no curso de terapêutica de antimicrobianos, encontrei com minha professora que me fez a proposta de ficar no quarto com ela, pago, no hotel do congresso, que por sinal é um resort, com piscinas, praia e tudo.

Na hora do almoço, fui ao Praia Shopping de novo para comer no Habibs (bom, bonito e barato) e achar o carregador do meu celular (pois é, esqueci). Acabei não resistindo, e comprei um biquini maaaraaa numa promoção, junto com uma canga.

Voltei pro hotel e já que estava de bobeira resolvi dar uma fugidinha e ir para a praia. Haviam poucas pessoas e eu estava sozinha. Comecei a me lembrar que muita gente que eu conheço não faria o que eu fiz: viajar sozinha. E nos hoteis, congressos é muito mais comum ver pessoas em grupos ou com namorado(a). Não estou dizendo que não seja ótimo ter um grupo pra fazer farrinha ou um love pra ficar abraçando. Mas lá estava eu, naquela praia linda, sentindo o vento no rosto, a água nos pés e o cheiro de sal. E me deu uma sensação inexplicável de liberdade. Eu poderia ser quem quisesse.

Quando anoiteceu, voltei para casa de Ártemis (agora sem trânsito) meio pensativa. Aproveitei Natal vendo o cotidiano de muitos natalenses (6 ônibus ao todo) e tomando banho de praia no hotel dos turistas. Sozinha e desbravadora.