Happy fucking valentines day

Esse título foi a frase que Samantha Jones disse ao namorado atrasado, Smith Jerrod, no primeiro filme Sex and the City. Nesse dia tão esperado por uns e temido por outros, o romance fica no ar e até nossa querida Samantha resolveu fazer uma surpresa romântica pro namorado (à sua maneira, claro).

O protocolo é sempre presentear o namorado ou namorada, de preferência com mimos caros. Do namorado, espera-se uma noite romântica regada com o melhor do combo: jantar + motel + flores. Da namorada, bem... não muita coisa, já que ela é a estrela da noite.

Uns exageram na dose: o cara dá um urso de dois metros com uma infindável coleção de ácaros, além de cestas de café da manhã, outdoor, faixas, carro de mensagem... Eu desconfio muito dessas demonstrações de amor homéricas. Sempre me causa a impressão de algo artificial, uma coisa para aparecer, se mostrar.

Sobre presentes, sempre tive uma mentalidade meio masculina: gosto de ganhar o que eu uso. Além de suprir a necessidade, aquele objeto cumpre a função, pois sempre vai me fazer lembrar da pessoa, vai incluí-la no meu dia-a-dia.

Eu, que nunca tive um dia dos namorados decente, fiquei pensando o que seria um dia dos namorados perfeito. (Sobre o fato de não ter um dia dos namorados decente, vou mandar a história pro blog Homem é tudo palhaço, se for publicada, eu posto o link hehehe). Voltando: mesmo o "protocolo", como descrevi antes me cansa, deixa tudo com cara de lugar comum.

Independente de ser um dia no meio de Junho e ser uma data comercial, seria legal ter um dia especial para o relacionamento. Um dia em que os dois demonstrem o porque de estarem juntos. Seja com um gesto de carinho, uma lembrança, um momento para ficar agarradinho... E é bom que os homens demonstrem que se importam com esse dia, sem palhaçadas, sem opiniões machistas, sem indiferença. E para tudo isso não é necessário um presente que custa o que muita gente não ganha em um mês.